Stories of Surrender

Uma jornada íntima de amor, luta e som.

“Ar é resistência. Não é sobre conquistar o Everest, mas sobre encontrar fôlego para continuar, mesmo quando o mundo parece desabar.”

É com essa metáfora que Bono abre sua apresentação solo em Stories of Surrender, um espetáculo íntimo que é ao mesmo tempo show, autobiografia e manifesto. Algumas frases de impacto poetizam e antecipam a música que preenche o palco e o coração.

Stories of Surrender (Relatos de Redenção, em português) faz um balanço da vida, da música e dos relacionamentos. Em formato de Stand Up, o vocalista da banda U2 sobe ao palco com uma história, uma mesa e algumas cadeiras, ele apresenta também a banda Jacknife Lee que assume os arranjos, em uma formação minimalista. Um palco simples, um microfone e um homem que se recusa a calar. Bono nos guia por uma narrativa de entrega, fé e reinvenção.

Logo no início, ao som de “Vertigo”, o artista nos lembra que sua história é feita de muitas camadas, e que a mais profunda delas é o amor. Ao mencionar sua esposa, que conheceu na mesma semana que conheceu os futuros companheiros de banda, Bono estabelece o tom da jornada: pessoal, afetiva e despida.

Enquanto o espetáculo avança, Bono relembra o início do U2:
Canções como “Out of Control”, “Stories for Boys”, “I Will Follow” e “Gloria” (ou “Gols Me Close”) surgem como trilha de um tempo em que a banda buscava identidade, sonoridade e propósito.

Mas é em “Pride (In the Name of Love)” que o público vê Bono confrontar o pai, numa reconciliação que acontece no auge, sob os olhos atentos da família real. Essa canção também marcou o momento em que o U2 foi projetado para o mundo, no histórico Live Aid.

Partindo de Londres, surge a pergunta que se tornaria um grito de guerra da banda:
“O que poderíamos fazer em nome do amor?”

A resposta, em parte, foi dada anos depois: Mais de US$250 milhões arrecadados para o combate à pobreza extrema e à desigualdade.
“Pobreza não é natural”, afirma Bono. “Ela é feita pelo homem e pode ser superada pelas ações de mulheres e homens.” E ele ressalta: “principalmente mulheres, que entendem melhor do que ninguém que o local onde você nasce não deveria decidir se você vive.”

Ao som de “Where the Streets Have No Name”, Bono nos lembra que não precisaríamos de caridade se o mundo fosse justo. E em “With or Without You”, relembra as dores e dilemas de manter-se inteiro quando o palco se torna o lar e o campo de batalha.

O auge emocional vem com “Sunday Bloody Sunday”, uma canção nascida da fúria, da fé e da dúvida. Um ponto de virada para a banda, que se via entre o ativismo e a arte, entre a resistência política e a busca estética. De acordo com Bono, a banda estava prestes a se separar. Para a alegria dos fãs, a banda permanece ativa, com promessa de nova turnê em 2026/2027.

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